Língua Presa · Não Ao Futebol Moderno

Não Ao Futebol Moderno #32: O Jogo das Lendas

Difícil não se emocionar com o Jogo das Lendas que aconteceu hoje, na inauguração oficial da Arena MTV, a nova casa do Galo.

Ídolos de diferentes eras do nosso Galo estavam em campo celebrando um momento que pode ser crucial para o futuro do clube. Do goleiro Careca, jogador nos anos sessenta, passando pelos atacantes Guilherme, Marques e Renaldo, alguns gigantes campeões da Libertadores de 2013, como Pierre e Josué, e até outros jogadores que, para a minha geração, foram de crucial importância para a formação do torcedor, como Vanderlei, Marinho e Tucho.

Não assisti tudo, vi alguns trechos ao vivo e acabei de ver os melhores momentos no canal da Itatiaia.

Teve gol do Reinaldo com passe do Ronaldinho Gaúcho e com o Victor no gol.

Isso já é o suficiente.

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Não Ao Futebol Moderno #29: Empolgação

Não deu nem graça o confronto contra o Democrata de Sete Lagoas. Hulk mandou logo duas pedradas e abriu 2×0 no placar, enquanto Paulinho selou a vitória antes mesmo do intervalo.

Foi a quarta vitória em quatro jogos no ano, único time com 100% de aproveitamento no Mineiro. Os testes de Coudet têm dado certo e o torcedor atleticano está mais do que empolgado para a temporada 2023.

Por falar em empolgação, nosso Democrata (o maior) também segue firme no campeonato e conseguiu mais um bom resultado: empatou com o Villa Nova fora de casa, mesmo com mais de 80 minutos jogando com um jogador a menos.

Será que podemos ter uma final entre os alvinegros? Espero que sim.

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Não Ao Futebol Moderno #28: Pausa Para Hidratação

Os jogadores tiveram sua pré-temporada, agora é a minha vez.

Essa semana estarei em uma mini-férias, e por isso não darei tanta atenção assim para a coluna.

Mesmo assim, friso que gritei muito com o gol de Rubens na vitória contra o Ipatinga e comemorei o bom resultado do Democrata contra o Athletic, pois apesar do empate em casa, a Pantera buscou o ponto com um jogador a menos.

Agora, se me permitem, vou-me. O céu de Maceió, mesmo com chuva, é diferente.

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Não Ao Futebol Moderno #26: Mudanças

A nova temporada do futebol brasileiro começou, sinônimo de times reforçados, mudanças nos elencos e o início para a dor de cabeça que nós, torcedores, passamos.

Também será tempo de mudanças por aqui, pois farei do Não Ao Futebol Moderno uma coluna semanal, com foco nos jogos do Atlético-MG. Sempre com a corneta ativa, óbvio.

Nesse último jogo, a vitória de 2×1 sobre a Caldense no último sábado, mesmo sendo o primeiro jogo do ano, ainda assim passei raiva e cornetei muito o time do Atlético, que mantém a sina dos gols perdidos e a necessidade dos pênaltis para conseguir uma singela vitória. Apesar disso, confio no trabalho do Coudet e acho que ele vai fazer esse time engrenar. E se esse atual elenco pegar no tranco, tenho confiança de que boas conquistas virão nessa temporada de 2023.

Para não deixar passar, meu Democrata (o maior, o de Valadares) conseguiu uma vitória sobre o outro Democrata (o de Sete Lagoas) com um gol no finalzinho, quase no último minuto. No estádio, mais um show da torcida mais fanática do interior de Minas Gerais. Se tudo der certo, estarei lá no dia 04/03, na última rodada do Campeonato Mineiro, para ver Demo x Galo.

Direto do Forno · Música

Tentando Manter a Calma Após a Tempestade

Tô bem não. Esse time acaba com a minha sanidade. Não aguento mais perder tempo e neurônios com essa droga de Atlético, essa relação doentia de amor e ódio por um clube. Mas o mundo da música não dá um tempo, por isso trago algumas novidades das últimas semanas.

Quando recebo notificação de lançamento da Fuzz Club Records, eu nem leio o nome do artista e vou logo ouvir, porque sei que não vou me decepcionar. A qualidade desse selo é sem igual, e com a Breanna Barbara não foi diferente.

A artista lançará seu segundo disco, Nothin’ But Time, em 28 de outubro e a primeira fatia desse projeto é justamente a primeira faixa da tracklist, “Diamond Light”. Um rock’n’roll dançante bem pegada anos sessenta, lembrando bastante o som da Tess Parks, sua parceira de selo, mas menos lisérgico.

A próxima novidade me emocionou e não foi pouco.

A cantora Gloria de Oliveira e o produtor musical Dean Hurley se juntaram para a criação de um álbum, o que parece ser a primeira colaboração entre eles. Oceans of Time sairá pelo selo Sacred Bones no dia 16 de setembro.

Ontem saiu o segundo single desse projeto, chamado “Something To Behold”, um shoegaze de primeira, daqueles bem feitos mesmo, com camadas e camadas de guitarras e sons ao fundo, acompanhantes da bela voz angelical da cantora. Mas foi o primeiro single, lançado lá em julho, que me cativou.

Porque trata-se de uma releitura de “All Flowers In Time Bend Towards The Sun”, canção de Jeff Buckley com sua então namorada, Elizabeth Fraser (Cocteau Twins, Massive Attack), nunca lançada de forma oficial. Essa música atinge meu peito de uma forma muito precisa, pois ela é crua, poética e as vozes dos dois juntos casam muito bem.

O bom é que Dean Hurley e a Gloria de Oliveira mantiveram a melodia original da canção quase que intacta, apenas diminuíram o seu andamento e adicionaram elementos de sintetizadores que deram um tom melancólico ainda mais gostoso à ela.

Quero ver alguém ouvir isso e não bambear as pernas e sentir os pelos dos braços se arrepiando.

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Não Ao Futebol Moderno #23: Supercampeão do Brasil

Tudo bem que a Supercopa do Brasil foi mais um título simbólico (e um caça-níquel também), para confirmar o bom momento, do que uma honraria. Afinal, já havíamos conquistado os dois maiores torneios nacionais na última temporada.

Mas a partida serviu para canonizar também o Everson, agora sim mais um presente no panteão de maiores goleiros de nossa história. E claro, Hulk, mostrando como um verdadeiro capitão se porta em campo. Com coragem para assumir uma responsabilidade, e não com a vaidade de querer ser a estrela (agora a imprensa confunde pipoca com vaidade). Para muitos, Hulk é o nosso maior ídolo pós-Reinaldo. Tem quem ache ele até o maior. Não discuto. A bagagem dele já o permite figurar nessa lista.

O adversário foi mais um convidado do que um verdadeiro merecedor. Mas era o Flamengo. E digo sem medo: foi muito bom levantar mais um troféu, mas gostoso mesmo foi ganhar deles.

Fiquei vinte e oito anos esperando para ver o Galo ser campeão brasileiro. Teve gente que ficou cinquenta. Teve gente que ficou quarenta. Teve gente que se foi durante esse caminho. Por isso, nas conquistas mais recentes, a primeira pessoa que veio em minha cabeça foi meu pai, que viu em 1971, mas não no ano passado. Agora já posso morrer em paz também.

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Não Ao Futebol Moderno #18: Esse Lisca tá de Brincadeira

Parece que o sucesso e as aparições em programas de TV fizeram o Lisca começar a se achar um pouco além do normal. Agora sempre que o América perde, a culpa não é da incompetência do time, e sim de fatores externos. E com a ajudinha da imprensa, muita gente cai nessas balelas.

Ninguém falou da arbitragem tendenciosa do juiz, que amarelou cinco jogadores do Galo em lances, no mínimo, discutíveis, além do pênalti inexistente que ele marcou. Sorte nossa que o Rodolfo mandou no travessão e perdeu a ÚNICA chance de gol que o América teve.

Sim, ÚNICA! Porque nos dois jogos da final, os lances de real perigo foram todos do Atlético. Ontem mesmo o Cavichioli fez duas defesas muito difíceis, dessas que mesmo assistindo, é difícil acreditar.

Então seria bom o Lisca baixar um pouco a bola dele, começar a ver os próprios defeitos da sua equipe e parar de inventar desculpas toda vez que forem incompetentes.

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Não Ao Futebol Moderno #14: Choque Térmico

Durante o dia, jogos frios, sonolentos e irritantes, daqueles que até os narradores não conseguem disfarçar o tédio. À noite, no último jogo da rodada, duas equipes querendo jogar futebol, com marcação alta e ataque o tempo todo, onde uma delas é predominante.

Assistir o Galo passar o trator por cima do Vasco e, em seguida, lembrar dos jogos do Palmeiras, Corinthians e afins, é como levar um choque térmico. E fica difícil recuperar depois.

Sampaoli faz um mal necessário ao futebol brasileiro, mas os “jênios” daqui insistem em esbravejar que somos o país do futebol e não precisamos inovar em nada. Há quem ousa menosprezar seus feitos, que vêm desde a última temporada. Vai entender.

Enfim, pela milésima vez, 1×7 foi pouco, mas muito pouco.