A Klangfarbe é grande rede de lojas da Áustria, focada na venda de instrumentos musicais, som e aparatos para estúdios. No Youtube, ela mantém um canal com apresentações de diversos artistas em seus estabelecimentos.
Um dos caras que apareceram por lá recentemente foi Brant Bjork, que já falei aqui no Numa Sexta algumas vezes. Inclusive, é dele um dos discos mais legais de 2018.
É uma apresentação curta, pouco mais de sete minutos, e bem natural: apenas voz e violão. Porém, é o suficiente para Bjork mostrar todo o seu talento, seja como instrumentista ou vocalista.
A mídia em peso já falou sobre a volta do The Raconteurs na última semana, após um longo período em hiato. O último disco do grupo, “Consolers of the Lonely”, foi lançado em 2008.
Sempre julguei o The Raconteurs como o projeto mais acessível de Jack White, mais até do que o White Stripes. Mesclando rock de garagem com blues, o conjunto faz um som bastante acessível até para quem não se enturma muito nesse meio. Para esse retorno triunfal (bastante esperado), a banda disponibilizou duas músicas de uma só vez.
O single é formado por “Sunday Driver” no lado A e “Now That You’re Gone”, lado B. Ambas as canções ganharam videoclipes muito bem produzidos. A primeira é um rock’n’roll bem cru liderado por Jack White, recheado de guitarras bem sujas.
Já sua companheira de disco é mais voltada para o blues rock, com pitadas de R&B, e o mais interessante: Brendan Benson é o responsável pelos vocais. Apesar do tom mais lento e possuindo os teclados como carro-chefe, percebe-se ao fundo o teor garageiro nos riffs e solos distorcidos de White.
Uma das minhas tarefas mais árduas (mentalmente falando) que tenho enfrentado é o combate ao postergamento/procrastinação de atividades. Portanto, quero deixar bem claro que o texto sobre a trilha sonora que Thom York criou para “Suspiria” está sendo adiado por um motivo simples: o filme ainda é inédito no Brasil.
Confesso que estou ansioso para escrever minhas percepções em relação ao disco, mas julgo não fazer sentido tal texto sem ter visto a película de Luca Guadagnino, um remake de um clássico do terror lançado originalmente em 1977 por Dario Argento. Assisti ontem a obra original e fiquei estupefato. Por ora, também não darei ênfase para ela, mas adianto: é um filme brilhante.
A fim de, ao menos, dar um esclarecimento ao leitor de que o texto sairá SIM e em breve, e uma acalmada em mim mesmo, trago esse aperitivo: uma apresentação de Thom na inglesa BBC Radio 6, uma das estações digitais de rádio da BBC. Para mim, como um grande fã do cara, é difícil explicar a apresentação sem alguns exageros, mas se tem uma palavra para defini-la seria emocionante.
Do cenário penumbroso ao semblante melancólico característico de Thom Yorke, toda a áurea das apresentações colaboram para a boa experiência do ouvinte/espectador. Ouvi-las no disco nos transmite suspense e sufocação. Ao vivo, é completamente o inverso.
Os primeiros segundos de “My Everything” acusam: é o single mais pesado do debut do John Garcia And The Band Of Gold até então.
A canção mal começa e o ouvinte é atingido por um petardo de riffs graves e uma bateria insana que se movimentam junto à voz grandiosa de Garcia. Com o lançamento do disco cada vez mais perto, talvez esse seja seu último “pedaço” a ser disponibilizado de forma antecipada.
Ao todo, a tracklist é formada por 11 músicas. Os três singles já liberados são de alto nível, algo que deixa o ouvinte (este que vos escreve) cada vez mais animado para ouvir o trabalho por completo. Ouça aqui e aqui os singles anteriores, e abaixo o mais recente, “My Everything”.
Falei aqui sobre a curiosa produção de “Warp and Woof”, disco do Guided By Voices que dará as caras em abril do próximo ano.
Para adiantar parte desse LP (e aumentando ainda mais a curiosidade dos fãs), Robert Pollard soltou os EP’s “100 Dougs” e “Wine Cork Stonehenge”, ambos no dia 7 desse mês. Os dois trabalhos possuem seis canções cada, e todas elas farão parte de “Warp and Woof”.
O Guided By Voices vem fazendo o mesmo tipo de som há mais de três décadas, mas com a destreza de poucos. Por isso, eles nunca soam enjoativos ou repetitivos. É o encontro perfeito entre o lo-fi com o pop: canções curtas, produção baixa e bastante energia.
Kev Brown é um produtor e rapper dos Estados Unidos que soltou no mês passado seu trabalho mais recente, “Fill In The Blank”. São 20 faixas que transitam entre vinhetas instrumentais e rimas precisas, sendo que poucas delas passam dos dois minutos de duração.
Ao perceber uma clara referência do lo-fi hip hop, torna-se interessante ouvir alguns beats com teor mais melancólico contrastando com o vocal mais grave de Brown.
Apesar de ser uma figura presente do rap há vários anos, Kev Brown é um artista de poucos lançamentos oficiais. Porém, em 2018, o cara resolveu colocar a mão na massa e ampliar em cheio a sua discografia. “Fill In The Blank” é o seu terceiro disco cheio lançado esse ano.
Um dos produtores/rappers mais interessantes que conheci nos últimos meses.
Zombierella, mais conhecida por ser baixista e vocalista da banda russa Messer Chups, está com um trabalho inédito para o próximo ano, seu primeiro em carreira solo. Ela assumirá a alcunha de Zombierella’s Tentative Reels.
Intitulado “Suicide Commando”, o projeto é um EP de duas faixas, distribuído pelo selo francês Six Tonnes De Chair Records.
Além da faixa-título, a outra canção chama-se “Zombi Cadavre”. Ambas são uma mistura de post-punk com surf rock, além de algumas texturas que lembram o rock gótico inglês.
Uma pancada de dez minutos foi a escolhida como single de “First Communion”, novo EP do Stoned Jesus que será lançado poucos meses após “Pilgrims”, o LP mais recente do grupo.
O sludge metal e o stoner são as fontes de onde o trio ucraniano tirou “Occult”, a primeira das quatro faixas que farão parte do novo trabalho. Alternando entre momentos lentos e densos com uma breve e pesada agilidade, é como se o Stoned Jesus tivesse lapidado uma faixa do Melvins e tornado-a ainda mais barulhenta.
Uma produção de primeira que adianta mais um petardo sonoro que sairá pela Napalm Records, no comecinho do próximo ano: 4 de janeiro.
O produtor polonês Tobiasz Biliński, agora sob o pseudônimo Perfect Son, é a mais nova aposta da Sub Pop. Descoberto por Jonathan Poneman, um dos fundadores do selo, após uma apresentação do artista no festival South by Southwest, Tobiasz agora é o primeiro artista polonês a entrar para o catálogo da gravadora.
“It’s For Life” é, até então, o único single de “Cast”, disco que chegará por completo somente em 15 de fevereiro de 2019.
A canção é uma pedrada eletrônica, com batidas precisas e sintetizadores frenéticos. O rapaz também mostra ser um vocalista bem competente. Se todo o trabalho for nessa leva, será uma boa porta de entrada para o Perfect Son no mercado norte-americano.
Oleg Guitaracula (guitarra) e Rockin’ Eugene (bateria), dois membros do Messer Chups, uma interessante banda russa de surf rock instrumental, se juntaram para um novo projeto que segue, basicamente, essa mesma linha. Chama-se Aloha Swamp, com um disco recém-lançado via MuSick Recordings.
Se não estivesse estampado o nome do conjunto na capa, eu diria sem titubear que se tratava de mais um trabalho do Messer Chups. São as mesmas referências de filmes vintage de terror, tanto na arte visual quanto no nome das canções.
Ao todo, são 18 faixas instrumentais que formam “Swamp Vacation”, o único álbum até então. Apesar de possuir referências do rockabilly e do rock’n’rollà la anos cinquenta, é um trabalho mais voltado para o surf rock e para a música havaiana, possuindo riffs mais leves e sem tantos efeitos.