Língua Presa · Não Ao Futebol Moderno

Não Ao Futebol Moderno #29: Empolgação

Não deu nem graça o confronto contra o Democrata de Sete Lagoas. Hulk mandou logo duas pedradas e abriu 2×0 no placar, enquanto Paulinho selou a vitória antes mesmo do intervalo.

Foi a quarta vitória em quatro jogos no ano, único time com 100% de aproveitamento no Mineiro. Os testes de Coudet têm dado certo e o torcedor atleticano está mais do que empolgado para a temporada 2023.

Por falar em empolgação, nosso Democrata (o maior) também segue firme no campeonato e conseguiu mais um bom resultado: empatou com o Villa Nova fora de casa, mesmo com mais de 80 minutos jogando com um jogador a menos.

Será que podemos ter uma final entre os alvinegros? Espero que sim.

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Língua Presa · Não Ao Futebol Moderno

Não Ao Futebol Moderno #28: Pausa Para Hidratação

Os jogadores tiveram sua pré-temporada, agora é a minha vez.

Essa semana estarei em uma mini-férias, e por isso não darei tanta atenção assim para a coluna.

Mesmo assim, friso que gritei muito com o gol de Rubens na vitória contra o Ipatinga e comemorei o bom resultado do Democrata contra o Athletic, pois apesar do empate em casa, a Pantera buscou o ponto com um jogador a menos.

Agora, se me permitem, vou-me. O céu de Maceió, mesmo com chuva, é diferente.

Língua Presa · Não Ao Futebol Moderno

Não Ao Futebol Moderno #27: Timing

“É apenas
uma questão
de timing,

sugere, risonho
e debochado
o cronômetro,

que corre.”

O poema acima é de Rodrigo Carneiro e tem tudo a ver com a coluna de hoje: é uma questão de timing.

Faz dois dias que a rodada do final de semana acabou e todas as análises possíveis já foram feitas, então é quase que inútil escrever sobre a vitória de 1×2 do Galo contra a Tombense no domingo. Mas quero fazer reclamações, como sempre.

A primeira e a mais comentada é sobre o horário da partida. Pô, 11 da manhã num domingo? Acordar cedo só para acompanhar um jogo é muita sacanagem.

A segunda e última é sobre a utilização do Edenílson na lateral. Tudo bem que o estadual é um campeonato propício para testes, mas começar com “pardalismo” também não dá. Espero que o Coudet saiba o que está fazendo.

Enquanto isso, vamos comemorando a boa sequência de início de temporada e idolatrar ainda mais o Hulk. O cara é muito diferenciado: dos quatro gols do Galo no ano, ele marcou três e deu o passe para o outro. Seu tamanho na história do clube só aumenta a cada partida.

E para não deixar passar, também comemorei o empate do Democrata fora de casa contra a Caldense, um time sempre chato de enfrentar, ainda mais jogando em seu estádio. Tudo bem que a vitória escapou pelos dedos no finalzinho do jogo, mas levar um ponto de lá é muito bem-vindo.

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Não Ao Futebol Moderno #26: Mudanças

A nova temporada do futebol brasileiro começou, sinônimo de times reforçados, mudanças nos elencos e o início para a dor de cabeça que nós, torcedores, passamos.

Também será tempo de mudanças por aqui, pois farei do Não Ao Futebol Moderno uma coluna semanal, com foco nos jogos do Atlético-MG. Sempre com a corneta ativa, óbvio.

Nesse último jogo, a vitória de 2×1 sobre a Caldense no último sábado, mesmo sendo o primeiro jogo do ano, ainda assim passei raiva e cornetei muito o time do Atlético, que mantém a sina dos gols perdidos e a necessidade dos pênaltis para conseguir uma singela vitória. Apesar disso, confio no trabalho do Coudet e acho que ele vai fazer esse time engrenar. E se esse atual elenco pegar no tranco, tenho confiança de que boas conquistas virão nessa temporada de 2023.

Para não deixar passar, meu Democrata (o maior, o de Valadares) conseguiu uma vitória sobre o outro Democrata (o de Sete Lagoas) com um gol no finalzinho, quase no último minuto. No estádio, mais um show da torcida mais fanática do interior de Minas Gerais. Se tudo der certo, estarei lá no dia 04/03, na última rodada do Campeonato Mineiro, para ver Demo x Galo.

Língua Presa · Não Ao Futebol Moderno

Não Ao Futebol Moderno #25: Foi Só Elogiar…

Elogiei tanto a postura do time no jogo de ida, que a frustração ao ver o jogo hoje foi inexplicável.

Com tanta munição que o time deles nos deu nessa última semana, ver um time apático e sem vontade desse dentro de campo foi inadmissível.

Uma pena que o futebol premia os mais arrogantes, mas a falta de atitude do Atlético foi determinante para a eliminação. O Flamengo nem esforço fez, e se quisesse, teria feito mais gols.

Esse time não merece a torcida que tem. E já deu pro Turco, né? Com ele, o time é só ladeira abaixo.

Agora olho para o céu e pergunto pro meu pai: por quê? Por que me fizestes gostar dessa praga?

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Não Ao Futebol Moderno #24: Não Tem Nem Comparação

Após a segunda derrota seguida para o Galo, o Gabriel, que não jogou nada em nenhum dos dois jogos, disse à televisão que lá no Maracanã “eles vão saber o que é inferno, o que é pressão”. Hulk respondeu que no elenco do Galo não tem menino, que os jogadores são experientes e acostumados a jogar em ambientes desfavoráveis .

No último final de semana, Gabriel fez 1×0 para o Flamengo contra o América-MG e mesmo assim ouviu vaias da torcida. Em entrevista, disse que o time só estava ganhando por causa dele e que a relação dele com a torcida é de briga, mas dormem juntos. Ou seja, debochou daqueles que estão lá para apoiar o time.

Enquanto isso, no Mineirão, Hulk assistia apreensivo o jogo entre Galo x Fortaleza, direto das arquibancadas, já que não fora relacionado por estar tratando de uma lesão. A câmera da transmissão acompanhou de perto as reações do atacante, que foi da tristeza enquanto o jogo estava 0x2 para o Leão Nordestino, para a euforia da virada no último lance.

Enquanto o Gabriel precisa de um time bem organizado (ou do Bruno Henrique) para se destacar, o Hulk é quem pega o time do Atlético pelas mãos e faz a engrenagem girar. Mesmo fora de campo.

Não tem nem comparação.

Língua Presa · Não Ao Futebol Moderno

Não Ao Futebol Moderno #23: Supercampeão do Brasil

Tudo bem que a Supercopa do Brasil foi mais um título simbólico (e um caça-níquel também), para confirmar o bom momento, do que uma honraria. Afinal, já havíamos conquistado os dois maiores torneios nacionais na última temporada.

Mas a partida serviu para canonizar também o Everson, agora sim mais um presente no panteão de maiores goleiros de nossa história. E claro, Hulk, mostrando como um verdadeiro capitão se porta em campo. Com coragem para assumir uma responsabilidade, e não com a vaidade de querer ser a estrela (agora a imprensa confunde pipoca com vaidade). Para muitos, Hulk é o nosso maior ídolo pós-Reinaldo. Tem quem ache ele até o maior. Não discuto. A bagagem dele já o permite figurar nessa lista.

O adversário foi mais um convidado do que um verdadeiro merecedor. Mas era o Flamengo. E digo sem medo: foi muito bom levantar mais um troféu, mas gostoso mesmo foi ganhar deles.

Fiquei vinte e oito anos esperando para ver o Galo ser campeão brasileiro. Teve gente que ficou cinquenta. Teve gente que ficou quarenta. Teve gente que se foi durante esse caminho. Por isso, nas conquistas mais recentes, a primeira pessoa que veio em minha cabeça foi meu pai, que viu em 1971, mas não no ano passado. Agora já posso morrer em paz também.

Língua Presa · Não Ao Futebol Moderno

Não Ao Futebol Moderno #22: “Humildade Pura”

Richarlison protagonizou mais um episódio digno de jogador mimado, como a maioria dos que compõem a seleção brasileira atualmente. Após o evento onde ele quis bater um pênalti e foi impedido JUSTAMENTE pelo capitão do Everton, já que ele não é o cobrador oficial, hoje ele deu piti com o treinador porque foi substituído.

No Instagram dele, chamou a atenção alguns comentários como “humildade pura”, “humilde demais” e “diferenciado”. Será mesmo que esses colegas viram o que aconteceu? É esse tipo de “baba-ovice” que fez a “Escola Neymar” crescer.

Dá pra ver que o sucesso subiu à cabeça do cara. Uma pena, já que ele tem bastante potencial.

Crônicas · Língua Presa · Não Ao Futebol Moderno

Não Ao Futebol Moderno #21: Morre a Última História de Amor do Futebol

Torço por uma reviravolta, mas já houve até um anúncio oficial: Messi está fora do Barcelona. O maior jogador da história do clube procurará outra casa após vinte e um anos de serviços prestados. Tantas jogadas geniais, gols antológicos, provocações, polêmicas e títulos empilhados ficarão somente nas lembranças dos fãs e nos arquivos da história desse esporte tão mágico.

Não consigo imaginar um mundo onde Messi e Barcelona não estarão mais lado a lado. Será muito estranho vê-lo com uma camisa diferente.

Morreu hoje a última história de amor do futebol.

Língua Presa · Não Ao Futebol Moderno

Não Ao Futebol Moderno #19: São Everson

Jogos como Atlético-MG x Boca Juniors ontem são os que fazem do futebol o esporte mais apaixonante do planeta.

Na metade do segundo tempo, Everson era o candidato a vilão da eliminação alvinegra, e após o final dos pênaltis, ele é o grande herói da classificação.

Pegou duas cobranças, contou com a sorte em outra e ainda mandou no ângulo a cobrança definitiva, que decretou o fim do mundo argentino.

Já revi o lance umas cem vezes e meus olhos enchem d’água toda vez. É a redenção que nem os melhores escritores poderiam prever.

Que a benção de São Victor do Horto caia sobre Everson, e que daqui uns meses ele também possa ser canonizado.