Tudo bem que a Supercopa do Brasil foi mais um título simbólico (e um caça-níquel também), para confirmar o bom momento, do que uma honraria. Afinal, já havíamos conquistado os dois maiores torneios nacionais na última temporada.
Mas a partida serviu para canonizar também o Everson, agora sim mais um presente no panteão de maiores goleiros de nossa história. E claro, Hulk, mostrando como um verdadeiro capitão se porta em campo. Com coragem para assumir uma responsabilidade, e não com a vaidade de querer ser a estrela (agora a imprensa confunde pipoca com vaidade). Para muitos, Hulk é o nosso maior ídolo pós-Reinaldo. Tem quem ache ele até o maior. Não discuto. A bagagem dele já o permite figurar nessa lista.
O adversário foi mais um convidado do que um verdadeiro merecedor. Mas era o Flamengo. E digo sem medo: foi muito bom levantar mais um troféu, mas gostoso mesmo foi ganhar deles.
Fiquei vinte e oito anos esperando para ver o Galo ser campeão brasileiro. Teve gente que ficou cinquenta. Teve gente que ficou quarenta. Teve gente que se foi durante esse caminho. Por isso, nas conquistas mais recentes, a primeira pessoa que veio em minha cabeça foi meu pai, que viu em 1971, mas não no ano passado. Agora já posso morrer em paz também.