Fazer música é uma árdua tarefa, que exige concentração, dedicação, intuição, conhecimento e bastante criatividade. Trabalhar em cima de algo que irá mexer com emoções de outras pessoas com o uso de melodias e palavras já é difícil, imagina uma composição instrumental.
Assim é a música ambient, repleta de ecos, efeitos, ornamentos vocais, sequências repetitivas e tudo mais o que o artista quiser implementar em sua música, porém, em sua maioria, sem palavras cantadas.
Gosto muito de ouvir discos nesse estilo em momentos de leitura ou reflexão. Ao fumar um cigarro e sentar na área externa da casa, por exemplo, ou durante uma madrugada silenciosa. E por ser uma vertente musical tão rica e repleta de compositores inventivos, tornou-se uma das minhas favoritas.
Abaixo estão três discos ambient que garimpei recentemente e que muito me agradaram. Se o EP Kill, do John Bence, possui uma abordagem mais voltada para o gótico e com um clima mais sombrio, o Apartment Loops Vol. 1 do italiano Bruno Bavota é de uma sensação mais sublime, como se o ouvinte flutuasse nas nuvens.
Por fim, trago o disco de estreia do Ghost Lode, chamado Lenten Distance. Esse é o projeto solo de Matt Weed, guitarrista da banda Rosetta. Seu debut é composto por seis belas e melancólicas peças acústicas com um ar de space rock. Creio que se o espaço tivesse som, seria algo do tipo.
Espero que o leitor faça bom proveito.