Anton Newcombe é um desses artistas da mesma safra de Nick Cave e Chino Moreno, que produzem discos cada vez melhores à medida que envelhecem. The Brian Jonestown Massacre, o novo disco e auto-intitulado, é o décimo oitavo da banda, e mostra Anton e sua trupe em plena forma criativa.
São nove canções que bebem na mais lisérgica fonte dos anos sessenta, lideradas por um batalhão de guitarras repetitivas e cruas e a preguiçosa voz do vocalista arrastando os versos. Mas um detalhe à parte: a bateria é o ponto alto desse disco.
“Tombes Oubliées” lembra canções como “Nº13 Baby” (Pixies) e “Desire Lines” (Deerhunter), cujo final repetitivo torna-se uma hipnose sonora e deixa o ouvinte em transe.
“We Never Had A Chance” e “To Sad To Tell You” são leves, arrastadas e melancólicas, fazendo dessa dobradinha a melhor parte de todo o álbum. Uma tristeza psicodélica que faz o ouvinte sentir toda a dor do narrador.
O disco ganhou vida em 15 de março desse ano, pela A Recordings, gravadora de Anton Newcombe. Tem duração de trinta e oito minutos e prova que a mente de seu idealizador é uma verdadeira fábrica de canções.
- Drained
- Tombes Oubliées
- My Mind Is Filled with Stuff
- Cannot Be Saved
- A Word
- We Never Had a Chance
- To Sad to Tell You
- Remember Me This
- What Can I Say
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